sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Celebridades - Calvacanti





Vivemos na era das celebridades. Parece que todo está à procura de seus 15 minutos de fama. Existem as celebridades consolidadas: artistas, músicos, atletas que conseguiram manter uma carreira de sucesso por muitos anos ou durante a vida toda.


Encontramos, também, as celebridades de segunda categoria: que são conhecidas mas não compõe grupo seleto das celebridades consolidadas.Finalmente, existem as celebridades de momento: geralmente são os participantes de reality shows, músicos, artistas, atletas que fazem sucesso por um período curto de .

Nessa busca desenfreada por fama e sucesso as gastam rios de dinheiro com cirurgias plásticas, programas de estética facial e corporal, exercícios físicos, dietas mirabolantes… Envelhecer é sinal de derrota. Sofrer é sinal de fracasso. Essas pobres mal sabem que estão sendo privadas das experiências mais singulares da vida: entregar-se às simples belezas e lições que cada fase proporciona.


A fama tem um preço muito alto. O público é exigente com suas celebridades. Qualquer deslize é exposto na capa de jornais e revistas. Qualquer erro é divulgado no youtube. Cada passo é fotografado por paparazzi. Nesse percurso, muitas celebridades não agüentam a pressão de serem tratados como pequenos deuses… alguns enlouquecem, outros ficam depressivos, outros ainda procuram as drogas e alguns até tiram sua própria vida.


Esse é o clamor desesperado de criaturas que querem tomar o lugar do Criador. não nos criou para sermos celebridades. Ele nos criou para sermos servos, adoradores, submissos. Criou-nos para amarmos incondicionalmente e dividirmos aquilo que Ele nos dá.


promete que quando servimos ao próximo, Ele se responsabiliza por nos engrandecer. Essa não deve ser nossa busca. Reconhecimento é uma dádiva divina. Somente nesse contexto o ser humano consegue lidar com a glória que recebe. Reconhece que tudo que tem e é não advêm de seus esforços mas das mãos amorosas dAquele que é o Único que deve ser adorado e engrandecido.



*Foto por Jeffbalke


*Jornalista e mestre em Tecnologias Educacionais. Dá aulas para o curso de Pedagogia da Faccamp e atua como designer instrucional dos cursos a distância do CEPA - USP.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ter ou ser...





No mesmo trecho da famosa frase da peça "Hamlet" ("ser ou não ser"), Shakespeare conclui: "e assim a faz de todos nós covardes". Na encruzilhada entre o 'ser' e o 'não ser', a escolha é o 'não ser'. Por quê? É mais fácil. É mais rápido. É indolor. É mais barato… Somos covardes…


Na busca por sentido nas diversas áreas da vida, inclusive espiritual, optamos pelo fast food. Mesmo sabedores dos riscos. Mesmo com a sensação de fome minutos depois. Em vez de passar com filhos e esposa, compramos presentes, pagamos viagens, cursos, etc. Em vez de passarmos com D-s, assistimos um DVD. Óbvio que tudo citado acima não constitui o (compre presente para filhos e esposa e assista as séries religiosas em DVD). O é restringir um relacionamento a essas circunstâncias não-íntimas.


Envolver-se com qualquer pessoa ou idéia envolve riscos consideráveis. Envolver-se consigo mesmo é um risco incalculável. Descobrir quem eu sou pode ser perturbador demais. Talvez exija mudança. Talvez exija reconhecer defeitos, erros e incapacidades. Talvez exija admitir fracasso. Por isso preferimos o 'ter' e o valorizamos. É mais fácil, rápido, indolor e barato…Em 12:1-3, D-s convida Abraão para iniciar a jornada do 'ser'. O texto diz: "Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!" (Gn. 12:1-2). 'Ser' é o centro. Mas para ser, antes deve-se abandonar o que se é, para tornar-se…


Certamente confuso. Certamente difícil de entender. Com certeza não é rápido e deve doer (a própria vida de Abraão demonstra isso). Mas é o único caminho para a vida plena.Em , esse D-s 'difícil' possui um nome (tetragrama sagrado), que deriva justamente da raiz do verbo ser, por isso, quando se apresenta Ele diz: "EU SOU" (Gn. 15:7; Êx. 6:2-9; João 18:5-6).



Reflita no que você é. Reflita no que os seus são. Reflita nas suas covardias.Transforme-se. Torne-se. Seja. Esse é o convite do "EU SOU".





sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Títulos Cristão Indicados: lidos em 2008 e recomendados

O caminho para presença de Deus - Jonh e Lisa Bevere

*** Simples e exato, leitura simples e companheira


3:16 - Max Lucado

***** Aprofundado estudo sobre Salvação apesar de uma linguagem clara e precisa


A grande casa de Deus - Max Lucado

*****Um pouco mais sobre a oração Pai Nosso


Derrubando Golias - Max Lucado

***** Ensinamento sobre a grandiosidade de Deus, por meio da história de Davi


Ele ainda remove pedras - Max Lucado

***** Para aqueles que acham que Deus é um Senhor que está dormindo há tempos, ainda bem, Ele reina para todo sempre, inclusive agora


Jesus o maior psicólogo que já existiu - Mark Baker

*** Relatação da presença de Cristo diante as dificuldades, seria melhor dizer que Ele está em todos os momentos, principalmente é a real felicidade


Mestre dos mestres - Augusto Cury

** Estudo da mente de Cristo por teorias da psicanálise


Seis horas de uma sexta-feira - Max Lucado

***** Aprofundado estudo sobre vida, morte e Salvação


A vida como a neblina - Jonh Piper

***** A exatidão da vida diante da certeza da Salvação

O maquinista sabe onde o trem vai parar

"Para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia."
2Pe 3:8


No dia-a-dia a expectativa pelo imediatismo está presente nas informações, cada mais rápida impulsionada pela rede de computadores, no lar pelas coisas mais simples que a tecnologia nos trouxe, como o processamento de alimentos, a onda fast food, a demais atividades rotineiras, atos que muitas vezes involuntariamente nos leva a crer que o tempo é sim uma constante que gira mais rápido e que os acontecimentos precisam ser programados de acordo com a nossa vontade.
E diante a isso muita das vezes nossa fé entra em choque com o nosso imediatismo das nossas vontades. Até quando lutaremos? Até quando doerá? Até quando não terei? Quantos questionamentos ainda faremos diante as nossas decepções, lutas e incertezas. Isso certamente não provém apenas do tempo inconstante e distante entre os nossos sonhos e a Soberania de Deus, não tão somente desta nova rotina e onda que gira o universo global, mas provém principalmente de uma felicidade e euxastão baseada em nossas vontades. Estes sentimentos baseados apenas no que podem ter, conquistar ou perder nos leva ao caos de acreditar que a vida se baseia em nossos desejos e nos leva para longe da grande sabedoria nos deixada pelo Criador.
Que tão pouco é a vida baseada apenas em vãs desejos, em fantasias tolas. Se tão somente desespero ou sentimentos desprezíveis temos diante ao egocentrismo? Uma vida certamente pode ser muito melhor cultivada se temos diante a ela a verdadeira idéia de que há muito mais para ser desvendado e descoberto do que os nossos sentidos primários podem nos levar, ser humilde ao ponto de sentar na parada para esperar o próximo trem passar ao invés de se revoltar e perder o sentido simplesmente porque a cegueira da vontade própria nos diz que aquela era a melhor hora. E quem dirá que o trem que me levar mais cedo poderá me trazer a felicidade?
Diante as grandes contestações do cotidiano, da sociedade em rede está a falta de sentido, porque a origem do caos que o imediatismo trouxe foi exatamente a certeza de que a fruta verde nem sempre é doce, e a maturidade às vezes provém do tempo, da sabedoria e da aceitação das coisas, porque para cada dia o seu propósito. Mas somos incostantes e imperfeitos por natureza exatamente procurado o exato, o perfeito, e quantas vezes queremos pegar o atalho para chegar logo, e as percas diante a isso tem sido tão exaustivas quanto esperar que a verdade sempre chega, que todo propósito se cumpra, mesmo diferentemente do planejado pelas nossas vontades.
E quanto maior são os planos e o tempo do Senhor! Ainda bem e graças a Deus!
P.S. Sabe quando Neitzche chorou? Certamente por relatos e testemunhos quando ele descobriu que não poderia controlar o incontrolável, ou seria porque havia falido e demitido o maquinista? Qualquer relação com o livro não condiz, apenas o trocadilho por experiência pessoal.

O ato do louvor

"Toda a minha dificuldade sobre o louvor a Deus se apoia em minha absurda negação de que pudéssemos nos deleitar ao admirarmos o Supremamente Valoroso, o que de fato acontece em relação às demais coisas que valorizamos. Agora, penso que nos deleitamos em louvar o que desfrutamos porque o louvor não simplesmente expressa, mas completa a alegria; trata-se da consumação da própria ordem." C. S. Lewis Reflections on the Psalms

terça-feira, 21 de outubro de 2008

"Deus não pode mudar para melhor, pois é perfeito; e, sendo perfeito, não pode mudar para pior"(A. W. Pink)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Silêncio e paz

Às vezes é necessário não falar nada diante a tudo. Às vezes não é preciso muito diante a imensidão do que parece apavorante. Uma vez li um texto sobre o que seria a real imagem da paz e o descanso no Senhor. Para escolher uma gravura representativa, um rei decidiu escolher entre imagens litorâneas e jardim florido, a figura de um pássaro numa rocha a repousar, a diferença estava abaixo dele, um vulcão em erupção.

O diálogo é sim um dos mais graciosos atos de sabedoria, mas quando não é possível, o silêncio também fala alto. Em muitos casos tudo se torna impossível, ficando apenas o mar fechado, melhor, o vulcão em erupção, e aí sim é prazeroso repousar numa rocha firme e ficar ali com os olhos fitos ao céu. E se as larvas me alcançam? Para que olhar as larvas se o céu é maior e envolvente. Porque não se silenciar e respirar diante todas as circunstâncias e sentir a gloriosa presença de Deus.

Como ter paz diante ao caos? Não há regra, sim decisão, é preciso escolher. Como um soldado que volta para trincheira ou para base para se recarregar, nunca podemos esquecer que a melhor resposta é a palavra de Deus, a decisão certa é acreditar que o impossível Ele já fez e está consumado, que a vontade Dele sempre prevalecerá em toda e qualquer situação, que não há lugar mais prazeroso e seguro que os braços do Pai.

Não serão as asas deste pássaro que o livrará das larvas. Nem tão pouco seus atos que ditará seu futuro, mas a escolha de onde é seu abrigo influenciará o decorrer da sua vida e de sua história. Porque palavras serão ditas, esquecidas ou descartadas, mas a real e verdadeira atitude mudará todo o percurso de uma guerra. Um bom general sabe disso:

“Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” Mt 6:27

Muitas vezes é melhor se silenciar, porque nenhuma palavra pode se comparar ao falar do Senhor! Que assim seja!


“Como maças de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” PV 25:11

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A frase!

"O silêncio é um amigo que nunca trai." Confúcio

* Confúcio - http://pt.wikipedia.org/wiki/Conf%C3%BAcio

Bem pequeno, sem desmerecer, diante a promessa:

O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. Filipenses 4:19

O silêncio

Nem sempre o não dizer não significa que há falta de dor, que não há problemas e muitas perguntas, às vezes o silêncio é exatamente o muito que há para dizer, sufocado pela certeza de que não serão respostas vazias que responderão.

Talvez a saudade seja tudo isso uma imensadão de questionamentos e uma pergunta que parece não ter resposta. Só a dor que tem voz diante ao inquestionável!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Uma frase

"Não permita que ninguém o faça descer tão baixo a ponto de você sentir ódio. "Marthin Luther King

A hora do Salvador

Composição: Carlos A. Moyses

Quando a vida se torna difícil

Quando você não se sente alguém

Quando o desprezo invade a tua alma

Quando das marcas só restam feridas

Quando o amor não é alcançado

Quando o mundo te deixa de lado

E o coração explode na dor

É hora de ter o Salvador

O Salvador, ele é Jesus

Que por você morreu na cruz

Tua vergonha e teu desprezo, ELe levou

Carregue a tua cruz, juntinho Dele

E a força Dele te torna capaz

O amor que o mundo não te deu

Jesus te dá

http://www.youtube.com/watch?v=-6eRlQzFodk&feature=related


Essa música é bem antiga, forte e linda.

"Eu sou o Senhor que preescuto os corações..."

Quem mais para saber da minha vida se não quem me fez.

Te amo Senhor! Abraça-me e me tenha em seus braços Pai!

Jet' amie Aba!

I love Dad!

Felicidades Caio

Que você nunca se esqueça lindinho que há sempre um Deus todo Poderoso, o Criador, que cuida de você, te abraça, cuida em todas as situações e dá o mundo pela sua felicidade. Feliz Aniversário que Deus tem sim muitas bênçãos para sua vida, já bem planejadas e guardadas em seu coração, como está naquele livro da vida que a tia te deu. Prometo uma visita para comermos juntos muito brigadeiro. Beijos!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Felicidade - Dr. Gordon Haddon Clark


“Felicidade” (eudamonia, de onde derivamos eudemonismo2) é o termo que Aristóteles usou para designar o objetivo da vida. Ela é um fim em si mesmo, nunca um meio para algo mais: “Honrarias, o prazer, a inteligência e todas as outras formas de excelências, embora as escolhamos por si mesmas… escolhemo-las por causa da felicidade…
Mas ninguém escolhe a felicidade, visando as várias formas de honrarias ou prazer, nem como um meio para algo além dela mesma” (Nicomachean Ethics, I, vii, 1097b1-6). Embora o termo “felicidade” pareça designar um fim único, ele na verdade consiste de várias partes, todas necessárias.
Dois fatores a serem escolhidos voluntariamente são aquilo que é virtuoso e a atividade racional. As virtudes são a coragem, temperança, liberalidade, e assim por diante. A atividade racional é uma questão de estudar física, metafísica, etc. A razão é que essas são funções do homem como homem. O propósito de uma flauta é produzir música; o propósito de um peixe é produzir peixe; o propósito de um sapateiro é produzir sapatos; mas o propósito do homem como homem é viver virtuosa e racionalmente.

Existem também alguns fatores involuntários na felicidade. Uma vida de tragédia ou desgraça (mesmo desmerecida) não é uma vida feliz. Nem pode um homem ser chamado de feliz se é o seu filho quem sofre a tragédia. Portanto, é impossível saber se um homem é feliz, até que ele tenha morrido.

A ética de Agostinho também era o eudemonismo. A vida boa é uma vida de felicidade (beatitudo, beatitas; ambos termos cunhados por Cícero). Todos os homens desejam a felicidade (De Trinitate, X, v, 7). “Ninguém vive como desejaria, a menos que seja feliz” (De Civitas Dei, XIV, 25). Ora, Agostinho não menosprezaria virtudes tais como coragem e temperança; nem desdenharia do pensamento racional.
Na verdade, ninguém pode ser feliz sem o conhecimento da verdade. Nisso há uma similaridade com Aristóteles. Mas Agostinho substitui o secularismo de Aristóteles pelo conteúdo cristão. Deus é a verdade e conhecer a Deus é a verdadeira sabedoria. Portanto, a felicidade que Agostinho recomenda torna-se bem-aventurança ou beatitude.

De maneira mais explícita: sabedoria não é o conhecimento de algum deus pagão, nem mesmo do, digamos, primeiro princípio de Spinoza. Tersabedoria é ter Cristo. Cristo é a verdade; Cristo é a sabedoria de Deus. Uma razão para fazer dessa verdade o objetivo dos nossos esforços é que se amamos o que podemos perder, não podemos ser felizes. Mas Deus, Cristo, e a verdade são imutáveis, e se temos isso, nossa bem-aventurança é permanente.

O eudemonismo, portanto, não pode ser confundido com o hedonismo, como é algumas vezes ignorantemente feito; os dois formam um contraste.

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto