sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O maquinista sabe onde o trem vai parar

"Para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia."
2Pe 3:8


No dia-a-dia a expectativa pelo imediatismo está presente nas informações, cada mais rápida impulsionada pela rede de computadores, no lar pelas coisas mais simples que a tecnologia nos trouxe, como o processamento de alimentos, a onda fast food, a demais atividades rotineiras, atos que muitas vezes involuntariamente nos leva a crer que o tempo é sim uma constante que gira mais rápido e que os acontecimentos precisam ser programados de acordo com a nossa vontade.
E diante a isso muita das vezes nossa fé entra em choque com o nosso imediatismo das nossas vontades. Até quando lutaremos? Até quando doerá? Até quando não terei? Quantos questionamentos ainda faremos diante as nossas decepções, lutas e incertezas. Isso certamente não provém apenas do tempo inconstante e distante entre os nossos sonhos e a Soberania de Deus, não tão somente desta nova rotina e onda que gira o universo global, mas provém principalmente de uma felicidade e euxastão baseada em nossas vontades. Estes sentimentos baseados apenas no que podem ter, conquistar ou perder nos leva ao caos de acreditar que a vida se baseia em nossos desejos e nos leva para longe da grande sabedoria nos deixada pelo Criador.
Que tão pouco é a vida baseada apenas em vãs desejos, em fantasias tolas. Se tão somente desespero ou sentimentos desprezíveis temos diante ao egocentrismo? Uma vida certamente pode ser muito melhor cultivada se temos diante a ela a verdadeira idéia de que há muito mais para ser desvendado e descoberto do que os nossos sentidos primários podem nos levar, ser humilde ao ponto de sentar na parada para esperar o próximo trem passar ao invés de se revoltar e perder o sentido simplesmente porque a cegueira da vontade própria nos diz que aquela era a melhor hora. E quem dirá que o trem que me levar mais cedo poderá me trazer a felicidade?
Diante as grandes contestações do cotidiano, da sociedade em rede está a falta de sentido, porque a origem do caos que o imediatismo trouxe foi exatamente a certeza de que a fruta verde nem sempre é doce, e a maturidade às vezes provém do tempo, da sabedoria e da aceitação das coisas, porque para cada dia o seu propósito. Mas somos incostantes e imperfeitos por natureza exatamente procurado o exato, o perfeito, e quantas vezes queremos pegar o atalho para chegar logo, e as percas diante a isso tem sido tão exaustivas quanto esperar que a verdade sempre chega, que todo propósito se cumpra, mesmo diferentemente do planejado pelas nossas vontades.
E quanto maior são os planos e o tempo do Senhor! Ainda bem e graças a Deus!
P.S. Sabe quando Neitzche chorou? Certamente por relatos e testemunhos quando ele descobriu que não poderia controlar o incontrolável, ou seria porque havia falido e demitido o maquinista? Qualquer relação com o livro não condiz, apenas o trocadilho por experiência pessoal.