terça-feira, 14 de outubro de 2008

Silêncio e paz

Às vezes é necessário não falar nada diante a tudo. Às vezes não é preciso muito diante a imensidão do que parece apavorante. Uma vez li um texto sobre o que seria a real imagem da paz e o descanso no Senhor. Para escolher uma gravura representativa, um rei decidiu escolher entre imagens litorâneas e jardim florido, a figura de um pássaro numa rocha a repousar, a diferença estava abaixo dele, um vulcão em erupção.

O diálogo é sim um dos mais graciosos atos de sabedoria, mas quando não é possível, o silêncio também fala alto. Em muitos casos tudo se torna impossível, ficando apenas o mar fechado, melhor, o vulcão em erupção, e aí sim é prazeroso repousar numa rocha firme e ficar ali com os olhos fitos ao céu. E se as larvas me alcançam? Para que olhar as larvas se o céu é maior e envolvente. Porque não se silenciar e respirar diante todas as circunstâncias e sentir a gloriosa presença de Deus.

Como ter paz diante ao caos? Não há regra, sim decisão, é preciso escolher. Como um soldado que volta para trincheira ou para base para se recarregar, nunca podemos esquecer que a melhor resposta é a palavra de Deus, a decisão certa é acreditar que o impossível Ele já fez e está consumado, que a vontade Dele sempre prevalecerá em toda e qualquer situação, que não há lugar mais prazeroso e seguro que os braços do Pai.

Não serão as asas deste pássaro que o livrará das larvas. Nem tão pouco seus atos que ditará seu futuro, mas a escolha de onde é seu abrigo influenciará o decorrer da sua vida e de sua história. Porque palavras serão ditas, esquecidas ou descartadas, mas a real e verdadeira atitude mudará todo o percurso de uma guerra. Um bom general sabe disso:

“Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” Mt 6:27

Muitas vezes é melhor se silenciar, porque nenhuma palavra pode se comparar ao falar do Senhor! Que assim seja!


“Como maças de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” PV 25:11